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APRENDENDO A SER HUMANO

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ENSAIO SOBRE A INTIMIDADE


Intimidade não é entrar sem bater. É só ter a chance de ser do lado de dentro. Não é conhecer muito. É sentir a mesma coisa, junto. É ser sempre assim mesmo depois de muito tempo sem ver. É que a intimidade não enxerga com os olhos, nem se faz só de presença física. Ela é um escuro de tato, olfato, paladar e audição. Iluminado pelo sexto sentido. É pequena o suficiente pra caber no colo. E grande além do limite que separa tudo que existe. Acontece quando a gente olha para dentro dos olhos de alguém e se esquece de quem se é por alguns segundos. Sente, no meio do peito, o calor do que é ser aquele outro. E gosta do gosto de ser ali. A gente não tem muita escolha, é uma invasão consentida. E se você experimenta esse lugar, só dá mais vontade de ficar. É confusão diluída, com fusão de dois ou mais. Intimidade é ser tão perto, tão perto, que às vezes parece que é tudo a mesma coisa. Porque só consigo ser íntimo de alguém, se souber passear fundo em mim. E aprender a me fazer por inteiro em cada respiro que sai do que eu sou. Ser íntimo é engatinhar sorrateiro primeiro pelos porões de si. Pra voar leve e ligeiro nos céus de quem está junto a ti. É afinar seus acordes em sons que nasceram pra se encaixar. Intimidade é o infinito que não se teme da afinidade.


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