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APRENDENDO A SER HUMANO

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ENSAIO SOBRE A LOUCURA


Quanto do que eu sou é meu? E quanto é alguém que me deu? Ou vendeu? Desde quando a gente nasce, vai se desenhando a partir das relações com o que está do lado de fora. E, sem perceber, se molda ao que o mundo espera da gente. Ser assim é melhor. Não, isso, não. De jeito nenhum, tá maluco? Ah, esse emprego. Muito bom, agora sim. Quando a gente se dá conta, nem sabe mais como veio parar aqui. E a distância entre o que os outros e eu vejo de mim já é tão grande, que a tendência é continuar seguindo. Cada vez para mais para longe do que eu sou. Mas no limite da falta de vontade e sentido, a estrada de nós mesmos faz a curva de volta. Quando isso acontecer, vai doer, mas agradeça. Às vezes é bom sair dos trilhos. Descarrilhar os vagões mais quadrados da gente, de cantos gastos e arestas raspadas em curvas estreitas demais para quem a gente é. Às vezes é bom não lembrar quem se é. E se deixar deslizar macio entre novas definições de nós. Na verdade, é bom que nem caibamos nelas. E que dancemos ridículos, cantando com a voz rouca de tanto gritar liberdade. Que cantemos o som do que ainda ninguém ouviu falar. Esse mundo anda tão pequeno de gente de ideias e jeitos próprios, que bem acho que ser deslocado deveria virar profissão. Abriria amanhã uma empresa de sei lá o quê pra juntar todos eles. todos nós. Às vezes é bom delirar. Muitas vezes. É bom.


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